"Dízimo e Graça: Entendendo a Contribuição Cristã no Novo Testamento"

• 17/08/2024
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No Novo Testamento, não há uma prescrição explícita de que os cristãos devam dar exatamente 10% de sua renda como dízimo, diferentemente do que vemos no Antigo Testamento. Contudo, há princípios claros sobre generosidade e contribuição que guiam os cristãos em sua prática de dar.

1. Princípios de Generosidade

2 Coríntios 9:6-7: “E digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com abundância, com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”

Este texto enfatiza que a doação deve ser voluntária, feita com alegria e não por obrigação, alinhando-se ao princípio da graça, onde o foco é a motivação do coração.

2. Sustento dos Ministros e Necessitados

1 Coríntios 9:13-14: “Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.”

Aqui, Paulo faz uma analogia com o sustento dos sacerdotes no Antigo Testamento, mas sem mencionar um valor específico, apenas o princípio de que os que ministram o Evangelho devem ser sustentados pela comunidade.

1 Timóteo 5:17-18: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina. Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário.”

Paulo reafirma o princípio de que os líderes espirituais devem ser honrados e sustentados, novamente sem estipular um valor específico.

3. Exemplo da Igreja Primitiva

Atos 2:44-45: “Todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens e distribuíam o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.”

Atos 4:32-35: A igreja primitiva é descrita como uma comunidade que compartilhava tudo o que tinha, suprindo as necessidades uns dos outros. Não havia menção de dízimo, mas de uma vida de partilha radical.

Conclusão:

Embora o Novo Testamento não ordene o dízimo de 10%, ele enfatiza a importância de dar generosamente, de forma voluntária e alegre, como um reflexo da graça de Deus. Os cristãos são chamados a sustentar os necessitados e os ministros do Evangelho, mas a quantia específica é deixada à consciência individual, baseada no princípio da generosidade e não em um percentual fixo. Assim, o dízimo de 10% é uma prática adotada por muitos como uma referência, mas não é um mandamento obrigatório sob a graça.

Fonte Imagem: IA

Georgedlima